segunda-feira, 26 de julho de 2010

No cru, tão cinza, fica latente a lembrança de você me despindo da minha solidão. Da minha embriaguez na tua cama. De ser tão (e só) tua.
Me dá teu açúcar, teu afeto, senão fico preguiçosa covarde achando que é só disperdício do meu mel continuar.
Do amor, o meu, te digo inabalável. Mas é de entrega, de o meu amor não te ser uma reserva de sonho contra tudo que não seja doce, sutil ou sereno, que falo.
Eu fico, meu doce, amargo então. Fico assim, de querer muito (tanto) você, de não saber ir embora, de querer e gostar de ser tua.

4 comentários:

Roberto B. disse...

vai escrever assim lá.....

que coisa boa, muito boa de se ler!

continue, juliana, tome mais voos e mergulhos, tome.

Ligia Carrasco disse...

Já disse o poetinha, Ju:

"pergunte ao seu orixá,
o amor só é bom se doer".

Então, meu bem, deixa doer.

Muitos beijos!

Ana Gabriela disse...

cada vez que entro aqui, saio um pouquinho profundamente modificada...

Carolina Veríssimo disse...

parece que você também escreve coisas melhores quando alguma coisa dói na alma. parabéns!