domingo, 21 de fevereiro de 2010

Os olhos ficaram pousando sobre os móveis, sobre o teto , os livros(quase um inseto): não houve a familiaridade esperada, só essa estranheza, que pareço ter pelo meu próprio corpo.Fico querendo expulsa-lo de mim mesma, que ele me estranha, que ele me avança, que ele me deixa perdida, que ele, por vezes não faz parte de mim.
Esvaziei.
Ficou esse silêncio, as paredes mudas, olhares de estranheza.Ficou esse lamento na madrugada banhado à uma fumaça solitária, que não se mistura com as outras, que se perde sozinha pela noite.Esse lamento-choroso: que toda transcendência ficou sendo só minha, e não só nossa.
Umas nuvens escuras no céu, no dia escurecendo e meu corpo exalando saudade da doçura dos meu antigos olhos.

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